sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Sou Classe Média

Max Gonzaga

Sou classe média
Papagaio de todo telejornal
Eu acredito
Na imparcialidade da revista semanal
Sou classe média
Compro roupa e gasolina no cartão
Odeio “coletivos”
E vou de carro que comprei a prestação
Só pago impostos
Estou sempre no limite do meu cheque especial
Eu viajo pouco, no máximo um pacote cvc tri-anual
Mais eu “to nem ai”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “to nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Mas fico indignado com estado quando sou incomodado
Pelo pedinte esfomeado que me estende a mão
O pára-brisa ensaboado
É camelo, biju com bala
E as peripécias do artista malabarista do farol
Mas se o assalto é em moema
O assassinato é no “jardins”
A filha do executivo é estuprada até o fim
Ai a mídia manifesta a sua opinião regressa
De implantar pena de morte, ou reduzir a idade penal
E eu que sou bem informado concordo e faço passeata
Enquanto aumenta a audiência e a tiragem do jornal
Porque eu não “to nem ai”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “to nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta
Porque é mais fácil condenar quem já cumpre pena de vida

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Sociedade e tecnologia

A complexa relação entre técnica e sociedade, pode ser analisada através de três correntes de pensamento distintas. A primeira, avalia as conseqüências da técnica sobre a sociedade, ou seja, a técnica autônoma e externas as relações sociais. A segunda, a neutralidade e a benevolência da técnica, quer dizer, a técnica como salvadora da nação e fomentadora do progresso, através da satisfação de necessidades e auxiliando na resolução de problemas. A terceira, por sua vez, contrapõe o uso do termo “impacto”, pois considera a técnica no contexto da própria sociedade.
Os defensores da tese do impacto da técnica sobre a sociedade, argumentam que para toda ação há uma reação, e, as inovações tecnológicas interferem direta ou indiretamente no sistema social. Ressaltando o desenvolvimento desenfreado possibilitado através do uso dela, a dominação e possível destruição do ambiente natural, etc. Entretanto, perde de vista que esse conflito de interesse é construído e emerge das relações sociais, e não das tecnologias.

A segunda, a técnica como fomentadora do progresso e da satisfação dos seres humanos enfatiza o uso da tecnologia como promotora da qualidade de vida, na medicina, por exemplo, no tratamento de doenças, além de ajudar através das ferramentas a suprirmos os desejos e necessidades de consumo. Esse conceito é unilateral e desconsidera a heterogeneidade, assim como a diversidade de usos e de interesses por trás do desenvolvimento dela.

A terceira, é a tese defendida por Lévy, segundo ele, ”a utilização intensiva das ferramentas constitui a humanidade como tal, juntamente com a linguagem e as instituições sociais complexas. Uma vez que, por trás das técnicas, agem e reagem idéias, projetos sociais, utopias, interesses econômicos, dentre outros”. Assim sendo, a técnica e a tecnologia são postas como elementos da sociedade, que compõe um conjunto complexo de processos sociais e culturais, pois há uma interação mútua entre elas.

Segundo Andriole, ”o conhecimento é um produto social que reflete os interesses e necessidades de uma sociedade. Na sociedade capitalista a constituição do conhecimento é determinada, tedencialmente, pela classe dominante. Tanto a construção do conhecimento como suas aplicações dependem da forma como a sociedade está organizada e de suas relações de produção”.

Embora a técnica não seja maniqueísta (nem boa e nem má), há interferência do meio social na sua utilização, acabando com uma possível neutralidade, uma vez que não está isolada da estrutura de poder da sociedade.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Resenha: Blade Runner

Em 2019, o desenvolvimento técnico-tecnológico alcançou o seu ápide. Isso possibilitou a criação de máquinas com aparência e com habilidades mais desenvolvidas que a dos humanos (a esses seres deu-se o nome de replicante). Eles eram utilizados como escravos na colonização de outros planetas. Com a rebelião do modelo Nexus 6, surge o conflito máquina versus homem, onde qualquer replicante que não estiver desenvolvendo a atividade que foi programado passa a ser considerados ilegal, tendo como pena a sua execução.

O capital se utiliza da ideologia e da inversão de valores para mante-los controlados, nesse caso, a memória. Criava-se uma memória para cada um com experiências que eram interessante para o mercado. Então há quatro modelos destacados no filme: a meretriz, projetada para suprir as necessidades sexuais; a bela, com as feições estéticas no modelo padrão, mas programada para lutar; o guerreiro, para conquistar territórios, e; o operário, para gerar a mais valia. Mostrando bem o quadro social necessário para o sucesso do capital.

Os Nexus 6 buscam a longevidade, pois tem apenas 4 anos úteis. Com isso surge uma trama, que tem no seu desenvolver máquina versus predador.

domingo, 2 de novembro de 2008

Quem tiver atrás de um grande amor, ACHOU

Música para embebecer os carações:
Investir é cultivar o amor
Se despir é ativar
Resistir é aturar o amor
Insistir é saturar
Aderir é estar com seu amor
Adorar é superstar
Aplaudir até sentindo dor é AMAR
Quem puder viver um grande amor, verá
Consentir é educar o amor
Seduzir é cutucar
Amarei!É conjugar o amor
Não amei!É enxuga
Avançar é conquistar o amor
Amansar é como está
Como estou com muito amor pra dar, eu dou
Quem estiver atrás de um grande amor, ACHOU!