terça-feira, 20 de julho de 2010

ANTROPOFAGIA: Carne Humana tem Gosto de Conformismo

O mundo animal está regido pelas regras de sobrevivência, ou seja, comer para não ser comido. O canibalismo é posto pelos dominantes como única alternativa para a sobrevivência, anulando a probabilidade de existir qualquer outra perspectiva. Mas seria a humanidade e as organizações sociais imutáveis? A história mostra que não.

O darwinismo social condena ¾ da humanidade a extinção. O comer para não ser comido é uma lógica selvagem e perversa. Não defendo a crueldade e, por isso, DESEJO que TODOS comam. Que infelicidade a minha se não mais me fosse possível QUERER.

Quem poderia crer em 1500, por exemplo, que voar fosse possível? Primeiro, foi necessário que embora muitos dissessem que essa era uma tarefa impossível, alguém, quisesse alçar vôo e acreditasse nessa possibilidade.

Dos sonhos, dos quereres, é que nascem as transformações. Se todas as generalizações são burras, a idéia de que SEMPRE haverão dominantes e dominados cai por água abaixo, ou essa seria a exceção a regra? Quero acreditar que não.

Muitos já lutaram pela igualdade social. Os negros e as mulheres, por exemplo. A luta deles não foi para comerem para não serem comidos, e sim para NÃO SERMOS DEVORADORES DAS DIFERENÇAS.

Essa lógica de que as coisas, as pessoas são imutáveis me parece cega. Não consigo enxergar as coisas pela ótica de predeterminação. Se todos pensassem iguais e quisessem as mesmas coisas, talvez, aí sim, as possibilidades de mudança tivessem se esgotado. Mas esse não é o caso, pois não tenho a insensatez de pensar ser única no mundo a não desejar comer para não ser comida.

Bertold Brecht sabiamente disse, “não aceitai o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbritariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar”. Comungo com esse seu conselho, com essa sua suplica.

O nosso papel enquanto ser social é o de decidir o que queremos que nos seja ofertado, e não ficarmos refém dessa relação canibálica, apenas escolhendo as regras de concessão do que pode ou não ser comido.

No passado seria impensável a idéia de mulheres com direito ao voto e ocupando o mercado de trabalho, negros trabalharem sem serem escravos ou tendo acesso a escola. Sem dúvida alguma, muitos duvidaram dessas possibilidades de mudança e nem tanto alguns séculos depois elas estão aí para nos lembrar a todos os instantes, QUE NADA É IMPOSSÍVEL DE MUDAR.

domingo, 4 de julho de 2010

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O presente

Até o universo conspirou ao nosso favor ao permitir o nosso encontro. Nada poderia ser mais esperado que a sua chegada. Além de precisar de ti. Necessitava que você chegasse. Acredito que de tão necessário, tornou-se destino, o meu reencontro com os livros.

Após comprar A Menina que Roubava Livros a mais de um ano e não ler. Parecia haver desistido de vivenciar o mundo dos personagens. A nossa relação estava árida e distante. Tenta levar a leitura adiante, mas os nossos caminhos não pareciam se cruzar. Nada agradava meu paladar.

Mas o destino tratou de fazer a reconciliação e agora estou lendo uns três romances aos menos tempo... É tão bom degustar livros com temperos diferentes.. Hum! Tenho me esbaldado.

Sobre o presente, os 12 livros que ganhei não foi bem presente, assinei uma rifa na UFBA por R$ 2,00 e ganhei. Mesmo assim, posso dizer que foi presente do destino.

E bastou isso para me animar.