Desejar e poder ter um tempo (um, não é todo o tempo) apenas para você fazer o que aspirar pode parecer uma tarefa fácil. Mas o que acontece quando sempre se tem que escolher entre você e a sua obrigação? Escolher o Eu, poderia ser egoísmo, por outro lado, escolher o dever, poderia ser abdicar de você.
Tenho vivenciado esse dilema todos os dias. Quando não há mais tanta disponibilidade de tempo ocioso e se tem que escolher o que essencial para você (apenas para você, e para mais ninguém). Sempre me disseram que não se pode ter tudo, mas quando esse tudo sou EU. Não poder ter a você é um preço muito caro a pagar por qualquer coisa.
Tenho respirado ofegantemente todos os dias, algumas vezes faltam-me ar. Esses momentos parecem anteceder o fim, mas respiro profundamente e alcanço o ar que garante a minha sobrevivência.
Vejo um ser estranho a mim, a negar-se diante de todos, para garantir o que nem ela sabe o quê, pois falta-lhe coragem para escolher. Simplesmente, decidir o que é ou não importante para você. Conciliar, não é uma tarefa fácil, pois gera desagrado de todos os lados. Visto que, nem o Eu e nem o dever deseja (ou merece) os restos que posso oferecer.
2 comentários:
cada vez me encanta mais esses "absurdos" que você escreve!!
Beijo
May, esses meus demonios são terriveis, me consomem tanto, embora com cara de sapo, e asquerosos para mim, no papel ganham até uma candura...
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