Assistir e me apaixonei por esse filme. Segue uma pequena descrição do filme feito por http://amacula2.blogspot.com/2005/11/las-mantenidas-sin-suenos.html.
"Las mantenidas sin suenos" é um filme argentino, sarcástico, sem patacadas ou firsuras, que parace dialogar com público. A "mantenida" do título, que em português se traduz por "manteúda", é essa mulher de meia-idade, bonita, educada e que vive drogada, na miséria. Ela está grávida, sem saber de quem, depois de vários abortos, e tem já uma filha, chamada Eugênia, que vai completar 9 anos, também inteligentíssima - uma espécie de "Mafalda" dos quadrinhos, de ótimas tiradas, responsável pelos momentos de maior humor do filme (e de tristeza também). O interessante é exatemente esse humor, irônico, azedo, que se contrapõe à situação de infelicidade. Fica no ar um cheiro de revolta vazia, de geração perdida, de questionamento dos valores e de impotência em afirmar algo para se colocar no lugar.
Ensaia-se uma pretensa luta de classes entre a amiga rica que deu certo, graças ao casamento, com um homem rico, mas idiota, de um lado, e de outro, a mãe drogada, chamada Florência, que afirma preferir não trabalhar, e ser uma "manteúda sem sonhos", como na canção-título do filme. Mas a oposição não se resolve facilmente, para o bem do enredo, percebe-se que as duas têm ainda algo em comum, ambas foram vítimas dos "projetos" que haviam sido traçados para elas na infância. Em certa altura a amiga rica diz que havia se tornado um "projeto sem vida", graças aos "projetos de vida", de que tanto falava a mãe de Florência, uma terapeuta bem sucedida, mas em declínio, um retrato da sociedade argentina, ex-hippie, ex-viciada, que representa a geração anterior.
"Las mantenidas sin suenos" é um filme argentino, sarcástico, sem patacadas ou firsuras, que parace dialogar com público. A "mantenida" do título, que em português se traduz por "manteúda", é essa mulher de meia-idade, bonita, educada e que vive drogada, na miséria. Ela está grávida, sem saber de quem, depois de vários abortos, e tem já uma filha, chamada Eugênia, que vai completar 9 anos, também inteligentíssima - uma espécie de "Mafalda" dos quadrinhos, de ótimas tiradas, responsável pelos momentos de maior humor do filme (e de tristeza também). O interessante é exatemente esse humor, irônico, azedo, que se contrapõe à situação de infelicidade. Fica no ar um cheiro de revolta vazia, de geração perdida, de questionamento dos valores e de impotência em afirmar algo para se colocar no lugar.
Ensaia-se uma pretensa luta de classes entre a amiga rica que deu certo, graças ao casamento, com um homem rico, mas idiota, de um lado, e de outro, a mãe drogada, chamada Florência, que afirma preferir não trabalhar, e ser uma "manteúda sem sonhos", como na canção-título do filme. Mas a oposição não se resolve facilmente, para o bem do enredo, percebe-se que as duas têm ainda algo em comum, ambas foram vítimas dos "projetos" que haviam sido traçados para elas na infância. Em certa altura a amiga rica diz que havia se tornado um "projeto sem vida", graças aos "projetos de vida", de que tanto falava a mãe de Florência, uma terapeuta bem sucedida, mas em declínio, um retrato da sociedade argentina, ex-hippie, ex-viciada, que representa a geração anterior.
Em suma, ótimas atuações em um roteiro inteligente, sem muitas reviravoltas, e sem recair no excesso de dramaticidade, nem no cinismo cômico.
Um comentário:
Valeu pela dica!
Te amo!
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