terça-feira, 12 de maio de 2009

Pai é pai, não é padastro

Hoje, acordei com uma raiva insaciável de tudo, principalmente de você. E essa vontade de rasgar nos dentes qualquer coisa que possa ser um sim ou não. Rasgar a pele, para que ao atingir a carne, consiga estraçalhar com aquilo que me aflige... Existe em mim um passado esquecido e um passado que não passa. Um passado que cuspo na cara e digo não me procure mais. Mas todas as vezes que olho para o lado ele estar ali, me olhando.
Pergunto a ele: - Por que não vai embora e aproveita para me deixar descansar em paz?

Ele nem responde mais, apenas zombas da minha angustia com o seu sorriso irônico.
Não, ele não me dói, pois sua mediocridade e monstruosidade, não passa de uma anomalia bizzara para mim. O que me parte ao meio é esse nó na garganta diante do meu aparente silêncio, enquanto o grito não sai.


Um comentário:

Devaneios baratos.. disse...

Adorei os dedinhos de "rostos" expressivos.. hehe